RESIDÊNCIA DINO ZAMMATARO
AUTOR(ES): RODRIGO BROTERO LEFÈVRE
DATA DE PROJETO: 1970
LOCALIZAÇÃO: RUA HILÁRIO MAGRO JR., BAIRRO CITY BUTANTÃ, SÃO PAULO, SP.
FONTES DE PESQUISA:XAVIER, 1983, P.126. ARQUIVO BIBLIOTECA FAU-USP.
REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.248

A partir de 1968 Lefèvre realiza projetos empregando abóbadas conformadas por lajes mistas compostas pela intercalação de faixas em vigotas de concreto pré-moldadas e faixas em tijolos cerâmicos. Um anúncio da Volterrana publicado pela em 1968 na revista Acrópole mostra fotos de obras, desenhos e textos escritos à mão, muito provavelmente realizados por Lefèvre, indicando as qualidades do “sistema tradicional Volterrana favorecido pelas vigas curvas: facilidade de montagem, simples impermeabilização, economia de tempo na execução de coberturas, riqueza e variedade de soluções plásticas, mais economia que as estruturas metálicas, melhor isolamento térmico e dispensam conservação; aplicações em: indústrias, igrejas, ginásios esportivos, escolas, residências, abrigos para carros, etc.”, além de inserir detalhes de execução das lajes e de vigas-calha de apoio permitindo o uso de abóbadas sucessivas.

Na casa Brandão Lopes (1968) a forma de arco-catenária bastante abatido comparece na cobertura; nos projetos seguintes, as abóbadas definem a solução arquitetônica global, adotando a forma de arco parabolóide de maior flecha, chegando ao solo quase verticalmente e permitindo um melhor aproveitamento espacial interno, potencializado pelo recurso de definir a cota de implantação do térreo aproximadamente 1 m abaixo do terreno lindeiro e facilitado pela disposição, ao longo das fachadas cegas da abóbada, de bancadas e armários de apoio. A abóbada é posicionada com as aberturas voltadas para a frente e fundos do lote, tornando-se muito visível e penetrável, preservando-se sua intimidade pelo posicionamento de torres próximas e externas às fachadas, de estrutura independente, para equipamentos sanitários e caixas d’água, evitando o encaminhamento de tubulações junto à parte superior das abóbadas.

A primeira dessas casas-abóbadas de Lefèvre é a casa Peri Campos (1970), mais baixa, com praticamente um pavimento além de pequeno mezanino; seguem-se várias outras experiências, podendo-se considerar como sendo a situação mais completa, compacta e típica a da casa Dino Zamattaro (1970), em que a maior altura do arco da abóbada permite a inserção de um mezanino extenso e mais estreito que não corta a apreciação da espacialidade global integral permitida pela solução adotada.

 

FOTOS:

 
Fonte: Xavier, 1983, p/126    

LOCALIZAÇÃO:

 

DESENHOS TÉCNICOS: VIVIAN DE FREITAS PIO

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